sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Adorei!!! Orgulho de ser nordestina!!!

Calem a boca, nordestinos! (corrigido)
Por José Barbosa Junior   
A eleição de Dilma Rousseff trouxe à tona, entre muitas outras coisas, o que há de pior no Brasil em relação aos preconceitos. Sejam eles religiosos, partidários, regionais, foram lançados à luz de maneira violenta, sádica e contraditória.
Já escrevi sobre os preconceitos religiosos em outros textos e a cada dia me envergonho mais do povo que se diz evangélico (do qual faço parte) e dos pilantras profissionais de púlpito, como Silas Malafaia, Renê Terra Nova e outros, que se venderam de forma absurda aos seus candidatos. E que fique bem claro: não os cito por terem apoiado o Serra... outros pastores se venderam vergonhosamente para apoiarem a candidata petista. A luta pelo poder ainda é a maior no meio do baixo-evangelicismo brasileiro.
Mas o que me motivou a escrever este texto foi a celeuma causada na internet, que extrapolou a rede mundial de computadores, pelas declarações da paulista, estudante de Direito, Mayara Petruso, alavancada por uma declaração no twitter: "Nordestino não é gente. Faça um favor a SP, mate um nordestino afogado!".
Infelizmente, Mayara não foi a única. Vários outros “brasileiros” também passaram a agredir os nordestinos, revoltados com o resultado final das eleições, que elegeu a primeira mulher presidentE ou presidentA (sim, fui corrigido por muitos e convencido pelos "amigos" Houaiss e Aurélio) do nosso país.
E fiquei a pensar nas verdades ditas por estes jovens, tão emocionados em suas declarações contra os nordestinos. Eles têm razão!
Os nordestinos devem ficar quietos! Cale a boca, povo do Nordeste!
Que coisas boas vocês têm pra oferecer ao resto do país?
Ou vocês pensam que são os bons só porque deram à literatura brasileira nomes como o do alagoano Graciliano Ramos, dos paraibanos José Lins do Rego e Ariano Suassuna, dos pernambucanos João Cabral de Melo Neto e Manuel Bandeira, ou então dos cearenses José de Alencar e a maravilhosa Rachel de Queiroz?
Só porque o Maranhão nos deu Gonçalves Dias, Aluisio Azevedo, Arthur Azevedo, Ferreira Gullar, José Louzeiro e Josué Montello, e o Ceará nos presenteou com José de Alencar e Patativa do Assaré e a Bahia em seus encantos nos deu como herança Jorge Amado, vocês pensam que podem tudo?
Isso sem falar no humor brasileiro, de quem sugamos de vocês os talentos do genial  Chico Anysio, do eterno trapalhão Renato Aragão, de Tom Cavalcante e até mesmo do palhaço Tiririca, que foi eleito o deputado federal mais votado pelos... pasmem... PAULISTAS!!!
E já que está na moda o cinema brasileiro, ainda poderia falar de atores como os cearenses José Wilker, Luiza Tomé, Milton Moraes e Emiliano Queiróz, o inesquecível Dirceu Borboleta, ou ainda do paraibano José Dumont ou de Marco Nanini, pernambucano.
Ah! E ainda os baianos Lázaro Ramos e Wagner Moura, que será eternizado pelo “carioca” Capitão Nascimento, de Tropa de Elite, 1 e 2.
Música? Não, vocês nordestinos não poderiam ter coisa boa a nos oferecer, povo analfabeto e sem cultura...
Ou pensam que teremos que aceitar vocês por causa da aterradora simplicidade e majestade de Luiz Gonzaga, o rei do baião? Ou das lindas canções de Nando Cordel e dos seus conterrâneos pernambucanos Alceu Valença, Dominguinhos, Geraldo Azevedo e Lenine? Isso sem falar nos paraibanos Zé e Elba Ramalho e do cearense Fagner...
E Não poderia deixar de lembrar também da genial família Caymmi e suas melofias doces e baianas a embalar dias e noites repletas de poesia...
Ah! Nordestinos...
Além de tudo isso, vocês ainda resistiram à escravatura? E foi daí que nasceu o mais famoso quilombo, símbolo da resistência dos negros á força opressora do branco que sabe o que é melhor para o nosso país? Por que vocês foram nos dar Zumbi dos Palmares? Só para marcar mais um ponto na sofrida e linda história do seu povo?
Um conselho, pobres nordestinos. Vocês deveriam aprender conosco, povo civilizado do sul e sudeste do Brasil. Nós, sim, temos coisas boas a lhes ensinar.
Por que não aprendem conosco os batidões do funk carioca? Deveriam aprender e ver as suas meninas dançarem até o chão, sendo carinhosamente chamadas de “cachorras”. Além disso, deveriam aprender também muito da poesia estética e musical de Tati Quebra-Barraco, Latino e Kelly Key. Sim, porque melhor que a asa branca bater asas e voar, é ter festa no apê e rolar bundalelê!
Por que não aprendem do pagode gostoso de Netinho de Paula? E ainda poderiam levar suas meninas para “um dia de princesa” (se não apanharem no caminho)! Ou então o rock melódico e poético de Supla! Vocês adorariam!!!
Mas se não quiserem, podemos pedir ao pessoal aqui do lado, do Mato Grosso do Sul, que lhes exporte o sertanejo universitário... coisa da melhor qualidade!
Ah! E sem falar numa coisa que vocês tem que aprender conosco, povo civilizado, branco e intelectualizado: explorar bem o trabalho infantil! Vocês não sabem, mas na verdade não está em jogo se é ou não trabalho infantil (isso pouco vale pra justiça), o que importa mesmo é o QUANTO esse trabalho infantil vai render. Ou vocês não perceberam ainda que suas crianças não podem trabalhar nas plantações, nas roças, etc. porque isso as afasta da escola e é um trabalho horroroso e sujo, mas na verdade, é porque ganha pouco. Bom mesmo é a menina deixar de estudar pra ser modelo e sustentar os pais, ou ser atriz mirim ou cantora e ter a sua vida totalmente modificada, mesmo que não tenha estrutura psicológica pra isso... mas o que importa mesmo é que vão encher o bolso e nunca precisarão de Bolsa-família, daí, é fácil criticar quem precisa!
Minha mensagem então é essa: - Calem a boca, nordestinos!
Calem a boca, porque vocês não precisam se rebaixar e tentar responder a tantos absurdos de gente que não entende o que é, mesmo sendo abandonado por tantos anos pelo próprio país, vocês tirarem tanta beleza e poesia das mãos calejadas e das peles ressecadas de sol a sol.
Calem a boca, e deixem quem não tem nada pra dizer jogar suas palavras ao vento. Não deixem que isso os tire de sua posição majestosa na construção desse povo maravilhoso, de tantas cores, sotaques, religiões e gentes.
Calem a boca, porque a história desse país responderá por si mesma a importância e a contribuição que vocês nos legaram, seja na literatura, na música, nas artes cênicas ou em quaisquer situações em que a força do seu povo falou mais alto e fez valer a máxima do escritor: “O sertanejo é, antes de tudo, um forte!”
 
Que o Deus de todos os povos, raças, tribos e nações, os abençoe, queridos irmãos nordestinos!
 
José Barbosa Junior, na madrugada de  03 de novembro de 2010.

domingo, 24 de outubro de 2010

Sophie e os pescadores

Eu estava na minha bicicleta azul, indo pra casa depois da aula. Aquele realmente não era um dos melhores dias da minha vida. Tinha tirado nota baixa em trigonometria, apesar de ter estudado horrores - "horrores" aqui significa: "noites e noites sem dormir" - do assunto da prova. Não consigo entender por que isso acontece. Acho que tenho, sei lá, um bloqueio nessas matérias de cálculo, sério!! Minhas mãos estavam começando a fazer calos de tanto colocar o meu peso sobre a manopla do guidão. Preciso comprar umas luvas urgentemente... Estava passando em frente a cada dos Andrews e vi uma coisa que nunca tinha visto ali. Bem, não era exatamente uma coisa, era alguém. Não, não era uma fada nem um anão de jardim. Era um garoto, um garoto que eu nunca tinha visto. Ele estava no jardim, em cima da grama. O Mr. Andrews vai  matar ele, já que detesta que pisem no seu gramado. Como eu sei disso? Ah, eu sei porque a minha melhor amiga mora lá, ela é filha do Mr. Andrews. Aliás, ela não foi a aula hoje. Estava pensando em ligar pra ela lá de casa, mas... já que na porta da casa dela tem um garoto estranho, talvez ele saiba de alguma coisa, ou então ele pode estar envolvido no sumiço da Ally... Calma, calma Sophie! Já chega dessas suposições malucas, heim? Parei a bike e encostei na cerca que fica ao redor da casa dela. O garoto estava olhando pra mim, podia sentir o olhar dele nas minhas costas. Mas, o que há de mal nisso? Afinal, não tinha mais ninguém ali, na rua, apesar de que isso era mesmo estranho, já que era a hora do hush escolar, quando todo mundo estava saindo da escola. Estava de costas, tentando descer o pedal da bicicleta pra deixá-la em pé, o que explica o fato de que o cara chegou sorrateiramente ali, do meu lado. 

"Quer ajuda?" ele perguntou. 

Acha que me assustei? Pois você está tremendamente... certo! Dei um grito e caí pra trás. Como isso é possível? Ele estava a quase uns 10 metros de distância de mim! E olha que eu deveria ter escutado! Não por que é comum que se escute claramente quando alguém anda sobre folhas secas, mas porque meus sentidos são realmente aguçados! E esse estranho chega, fica ao meu lado, me faz perguntas sem que, antes, eu tenha previsto tudo isso, o que geralmente acontece! Pode ter certeza, eu e esse cara não vamos ser amigos... Porque? E você ainda pergunta?  Se não consegui prever esses primeiros movimentos, significa que não posso ver nada sobre ele! Ele me deixa cega! Tá bem, tá bem! Você quer explicações, não é? Não se preocupe, você vai entender tudo em breve, ou melhor, tudo não, já que nem eu consigo entender tudo mas, você vai saber pelo menos o suficiente. Bom, vamos voltar àquela triste situação...


"Me desculpe, er... não queria assustar você..." ele disse, estendendo a mão pra mim. 

Hesitei. Não queria aceitar a ajuda, claro. Não seríamos amigos, a não ser que eu fingisse, pra poder descobrir o que ele fez para bloquear minha mente e meus sentidos. Peguei a mão dele e fiquei de pé. 

"O...obrigada" eu disse, ga... gaguejando? Que história é essa? Quem esse garoto pensa que é pra me fazer gaguejar? 

"Não, tudo bem, aliás, me desculpe mesmo, não queria ter assustado você." 

"Ah, eu tô bem, não precisa se preocupar. Aliás, quem é você?" eu perguntei. Posso ter parecido grossa, mas eu queria muito saber logo, pra ficar segura sobre com quem estou falando. 


"Eu sou Jordan, sou primo da Allicia, você conhece?" ele disse. Fiquei olhando pra ele. Espera um pouco, tá? Não me entenda mal, eu não estava "analisando" ele. Só que tentei entrar na sua mente, coisa que faço apenas raramente. E ele estava claramente me bloqueando, eu podia sentir. Estávamos entrando numa luta mental quando ele começou a revidar, tentando entrar na minha mente também e me deixar inconsciente. Meus olhos estavam se fechando, eu estava ficando tonta. Mas o que está acontecendo? O que esse garoto está fazendo comigo? 

"Jord... Sophie!" Allicia gritou, rindo, do hall de entrada. "Já conheceu o Jordan!" ela disse, mal sabendo o que realmente estava acontecendo. 

"Oi, Ally! Conheci sua amiga, Sophie." Ele entrou na minha mente, o desgraçado! "Ela quer saber por que não foi à aula." disse, o cínico, sorrindo calmamente para a Ally.

"Ah, Sophie, é que... Sophie?... você está be..." ela nem teve tempo de completar a frase. Despenquei no chão, completamente afetada por aquele monstro. E devo dizer a você que ele não era apenas um monstro qualquer. Ele era o pior dos monstros. Ele era um pescador de almas.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010


Evanescence - My Immortal

segunda-feira, 20 de setembro de 2010



Eu não sou uma flor - Camila Maia

Você olha e vê somente
O que você quer
Eu não sou assim tão diferente
De qualquer mulher
Por trás da minha aparência
Eu sei mais de mim
E não importa a sua idéia
Eu sei do que eu to afim

Eu não sei fingir, não to nem ai
Pra o que você viu em mim
Nem um sinal, nada anormal
Pra você me olhar assim
Eu posso deixar, eu posso levar
O jogo até onde eu quiser

(Refrão )
Eu não sou uma flor
Não sou sua flor
Eu sou meu jardim
Não sou uma flor, sua flor, uma flor

Por trás da minha aparência
Eu sei mais de mim
E não importa a sua idéia
Eu sei do que eu to afim

Eu não sei fingir, não to nem ai
Pra o que você viu em mim
Nem um sinal, nada anormal
Pra você me olhar assim
Eu posso deixar, eu posso levar
O jogo até onde eu quiser

( Refrão )

Pra mim nunca foi tão complicado
Se quiser eu te falo explicado
Ser feliz é natural
Natural é ser feliz
Seja só
Basta ser
( Refrão )


Na sua estante - Pitty

Te vejo errando e isso não é pecado,
Exceto quando faz outra pessoa sangrar
Te vejo sonhando e isso dá medo
Perdido num mundo que não dá pra entrar
Você está saindo da minha vida
E parece que vai demorar
Se não souber voltar ao menos mande notícias
Cê acha que eu sou louca
Mas tudo vai se encaixar

Tô aproveitando cada segundo
Antes que isso aqui vire uma tragédia

E não adianta nem me procurar
Em outros timbres, outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu

E não adianta nem me procurar
Em outros timbres, outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu

Você tá sempre indo e vindo, tudo bem
Dessa vez eu já vesti minha armadura
E mesmo que nada funcione
Eu estarei de pé, de queixo erguido
Depois você me vê vermelha e acha graça
Mas eu não ficaria bem na sua estante

Tô aproveitando cada segundo
Antes que isso aqui vire uma tragédia

E não adianta nem me procurar
Em outros timbres e outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu
E não adianta nem me procurar
Em outros timbres, outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu

Só por hoje não quero mais te ver
Só por hoje não vou tomar minha dose de você
Cansei de chorar feridas que não se fecham, não se
curam
E essa abstinência uma hora vai passar...

paint...


domingo, 19 de setembro de 2010

paint...

 Madison Parker